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SAMORA CORREIA INAUGUROU ESTÁTUA EM HOMENAGEM À CAVALEIRA MARIA MIL-HOMENS

Foi inaugurada na tarde do passado sábado, 4 de dezembro, a estátua em homenagem à cavaleira de Samora Correia, Maria-Mil Homens.
Desta forma a memória da cavaleira será perpetuada para sempre, mostrando a quem visita a cidade de Samora Correia e o município de Benavente, a importância das tradições e a coragem de uma mulher que, nos anos 50, não teve dúvidas em concretizar o seu sonho com coragem e venceu.
Na cerimónia estiveram presentes família e admiradores da cavaleira, autarcas, várias figuras ligadas à tauromaquia nacional e, essencialmente, Samorenses, pois foi de sua vontade e empenho a realização desta bonita homenagem.
A estátua pode ser visitada no Jardim da Lezíria, em Samora Correia.
Sobre Maria Mil-Homens
Maria d´Oliveira Chaparro, conhecida como Maria Mil-Homens, nasceu em Samora Correia em 3 de dezembro de 1928. Desde tenra idade que a menina de cabelo negro e de olhos curiosos demonstrava um gosto particular pelo campo, pela liberdade proporcionada pelo ar livre e adorava acompanhar o seu avô, João Francisco Mil Homens, nas atividades com os cavalos e com o gado numa fazenda da Companhia das Lezírias, onde o avô era arrendatário.
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A carreira da cavaleira Maria Mil-Homens
Maria Mil-Homens apresentou-se em público pela primeira vez aos 20 anos de idade, na Praça de Algés. Surpreendeu e recebeu uma grande ovação. Desde logo angaria tal visibilidade que passa a ser convidada de honra em inúmeras festas tradicionais e tentas, enchendo as praças portuguesas por onde passava, toureando em quase todas elas, desde Vila Franca a Évora, de Beja a Espinho e, claro, no Campo Pequeno, a arena mais almejada. Todos queriam ver a cavaleira de Samora Correia que seguia a par com António José de Oliveira, nome maior da tauromaquia nacional.
O sucesso da elegante e talentosa toureira passa fronteiras. Em 1951 surge o convite de Angola para a participação de Maria Mil-Homens em alguns espetáculos taurinos, e o que estava previsto durar umas semanas, acabou por se transformar em 5 meses, com atuações agendadas em Luanda, Lobito e Benguela. Os aficionados da colónia Africana renderam-se à arte de Maria, com momentos de toureio a cavalo efetuados com inteligência, técnica e extremamente garbosos.
Esta tournée foi um êxito, conquistou o público, que lhe dedicou sucessivas ovações.
A Cavaleira de Samora Correia teve uma curta carreira nos anos 50 (entre 1948 e 1952), mas foi intensa e funcionou na sua vida como a concretização de um sonho.
Se, por um lado, teve uma carreira curta, por outro, é um orgulho ter tido a coragem de viver o seu sonho naquela época, com a arte que aprendeu e tão bem demonstrava.
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