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CRÓNICA DA IGREJA DE ALCANEDE

Luís Duarte Melo acaba de publicar a obra “Crónica da Igreja de Alcanede”. Um livro magnífico.
Antes de tudo, um obrigado muito especial ao alcanedense Fernando Vitorino, pela oferta de um exemplar.
O texto é longo: quatrocentas páginas da História de um templo que se confunde com o passado de Alcanede.
O autor fez um estudo rigoroso e profundo sobre o tema.
O Prefácio é do Bispo de Santarém, D. José Traquina que nos diz: “este livro deve ser lido paulatinamente para se observar tão importante e extensa informação”.
Não podemos estar mais de acordo com estas palavras.
Dos seis capítulos do longo texto, destaco aquele em que o autor escreve sobra a temática das invasões francesas, um assunto que me interessa muito. Aí, é abordada a devastação causada pelas tropas de Napoleão naquelas terras. Quando a 7 de março de 1811, as tropas luso-inglesas entram em Alcanede, vila entretanto abandonada pelos franceses, após quatro meses de ocupação, encontram um cenário caótico, “muitas das casas estavam a arder”, “um local totalmente degradado de ponta a ponta”.
O livro refere-se a Carlos Guardado da Silva, professor universitário, que escreveu e estudou o tema, dizendo que “os franceses cometeram actos de extrema violência, designadamente torturas, violações e mortes, para além de roubos e profanação de templos, a destruição de arquivos paroquiais, a queima e a quebra de alfaias religiosas e agrícolas, assim como a destruição da maior parte das casas particulares”.
Notas finais – O estudo é muito mais do que o que escrevemos anteriormente. Ficará para outra altura essa abordagem.
Parabéns ao autor!
Deste modo, Alcanede fica mais rica com esta obra que é, também, um contributo valioso para a construção da História da jovem Diocese de Santarém.
Por João Maurício