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CARAVANA PELA JUSTIÇA CLIMÁTICA VAI PERCORRER 400 KM A PÉ
Atualizado: 6 de abr. de 2022

A Caravana pela Justiça Climática vai percorrer 400 km em Portugal, atravessando as localidades na zona centro mais afetadas pela desertificação, desde incêndios à seca e falta de água.
“Vamos igualmente assinalar as práticas e as indústrias que aceleram estes processos – as celuloses que favorecem incêndios, a agricultura intensiva que favorece seca, entre outras”, salienta a organização deste movimento, que acrescenta: “Somos muitas pessoas e coletivos que, como tu, queremos lutar pela justiça climática e travar os impactos que já estamos a sentir atualmente em Portugal”.
A esta caravana irão juntar-se elementos de diversas associações ambientalistas de norte a sul de Portugal, entre elas a riomaiorense “Movimento Cívico Ar Puro”.
O arranque será dado a 2 de abril em Leirosa, terminado a caravana na Figueira da Foz. No segundo dia a caravana vai da Figueira da Foz a Montemor-o-Velho, terminado o terceiro dia em Coimbra. No dia seguinte o grupo parte em direção a Podentes, no concelho de Penela. O dia 6 de abril tem chegada prevista a Ferraria de São João, nas Aldeias de Xisto. O dia seguinte levará a comitiva até Graça, no concelho de Pedrógão Grande. A 8 de abril o grupo pernoitará em Pedrogão Grande, viajando no dia seguinte até Cernache do Bonjardim. A 10 de abril a caravana termina em Proença-a-Nova e no dia seguinte na Foz do Cobrão. A 12 de abril está prevista a chegada a Mouriscas, no concelho de Abrantes. No dia seguinte o grupo pernoitará em Abrantes e a 14 de abril em Vila Nova da Barquinha. O penúltimo dia desta caravana leva os participantes a deslocarem-se de Vila Nova da Barquinha ao Cartaxo, para por fim no último dia chegarem a Lisboa, estando prevista às 16h00 uma grande manifestação na Praça das Nações.
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Questionado pelo facto de porquê marchar a pé tantos quilómetros, o responsável do “Movimento Cívico Ar Puro”, António Costa, referiu: “Marchar 400 km (maioritariamente) a pé é um enorme esforço pessoal, político, emocional e logístico. Todas nós temos as nossas vidas pessoais e profissionais, e interromper a normalidade para marchar durante duas semanas pode parecer de loucos. O pior é que de loucos mesmo é a absurda realidade da crise climática”.
António Costa diz ainda: “Se achas que a tua vida não foi ainda interrompida pelos efeitos da crise climática, sê-lo-á em breve. Em Portugal, se não agirmos para mudar o sistema em breve, o ciclo infernal da desertificação, da seca e dos incêndios vai continuar a agravar-se. Esse é um problema meu, é um problema teu, é um problema de todas as pessoas”, conclui o responsável pela associação ambientalista riomaiorense.
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