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CALDAS DA RAINHA: IGREJA DE NOSSA SENHORA DO PÓPULO ESTÁ A SER RESTAURADA

A Igreja de Nossa Senhora do Pópulo, também referida como Igreja Matriz das Caldas da Rainha, integra o conjunto do Hospital Termal Rainha D. Leonor, tendo sido classificada como Monumento Nacional em 1910.
Verdadeiro cartão-postal da cidade, é um dos elementos patrimoniais mais significativos do Município e seguramente dos mais fotografados.
A povoação de Caldas da Rainha, tal como a sua Misericórdia e Hospital, foram fundados pela Rainha D. Leonor em 1485. Dez anos mais tarde o Papa autorizou a fundação de uma capela anexa, também ela sob a invocação de Nossa Senhora do Pópulo; em comunicação direta com o hospital através de um corredor, e destinava-se ao acompanhamento espiritual dos doentes.
Os elementos essenciais da igreja (nave e capela-mor) ficaram concluídos em 1500; o templo seria elevado a Igreja Matriz em 1510, ano em que foi terminada a torre sineira e instalaram a pia batismal.
A traça da igreja é de autoria do Mestre Mateus Fernandes (arquiteto do Mosteiro da Batalha durante mais de 25 anos).
Exteriormente destaca-se a torre sineira, com relógio, e ornamentada com gárgulas, e esculturas quinhentistas representando o Anjo Gabriel e a Virgem da Anunciação. Na fachada, com ameias, um portal do início do século XVI, de arco de volta inteira.
Diversas obras de beneficiação e reabilitação teriam lugar ao longo dos anos, assim como a instalação de um novo órgão, doado por D. João VI em 1825.
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Atualmente estão a ser realizadas novas obras de conservação e restauro e que vão intervir ao nível do edificado, coberturas, alvenarias e sistemas de drenagem. Todos os seus elementos interiores, como a pia batismal, teto do batistério, tríptico, retábulos, azulejos, teto e o órgão serão restaurados bem como renovado o sistema elétrico.
Uma intervenção de mais de meio milhão de euros, candidatada pela Câmara Municipal das Caldas da Rainha a fundos comunitários. O financiamento europeu ascendeu aos 400 mil euros e o restante valor, referente à contrapartida nacional, foi pago pela Câmara Municipal das Caldas da Rainha.
Durante uma visita do executivo aos trabalhos que decorrem na igreja, o presidente da Câmara das Caldas, Tinta Ferreira, explicou que a autarquia “preferiu assumir esse valor, uma vez que o Estado não conseguia reunir condições para fazer as obras necessárias e essa intervenção tinha de ser feita…”
Apesar de ser um Monumento Nacional e não caber à Câmara a sua conservação, o autarca das Caldas diz que “estarmos a fazer esta obra é motivo de orgulho porque este monumento está na génese dos caldenses.”
Tinta Ferreira estima que os trabalhos possam estar concluídos no final de setembro.
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